terça-feira, 7 de janeiro de 2014

NÃO É BOM ABRIR VIAS EM FAVELAS

Fonte:  Brasil247


     Urbanista especializado em favelas Manoel Ribeiro defende, na coluna de Fernando Molica do jornal O Dia, que não é necessário abria vias em favelas, e que os projetos de infraestrutura devem preservar o caráter popular das comunidades. 

     Ele acredita que a manutenção dos padrões urbanísticos originais das favelas, com suas vielas estreitas, escadarias e espaços onde não chegam automóveis fazem com que esses lugares sejam menos consumíveis à classe média, e assim, além de manterem seus aspectos originais, ainda os protegem de uma possível gentrificão. 

     Para Manoel Ribeiro, tanto o Santa Marta quanto o Pavão/Pavãozinho são bons exemplos de favelas com vias não carroçáveis que permitem um bom transporte de pessoas e com manejo racional da descida do lixo, e que a instalação de hidrantes dispensaria a necessidade de vias abertas para os carros de bombeiros. 

 Meus comentários (Por Luciano Henrique)

      A inteligibilidade do discurso de Manoel Ribeiro depende de que conheçamos a esquerda como ela é, não como ela diz ser. A esquerda diz que se preocupa com os pobres. Mas um mero olhar cético, lançado a partir de fora, nos mostrará que eles dependem da miséria dos pobres para inchar o estado. Logo, a preocupação real com os pobres estará sempre em último lugar na lista de prioridades. 

      De um lado temos propostas para abrir vias em favelas. Do outro temos Manoel Ribeiro, dizendo que essa vias não devem ser abertas. Quais os argumentos em favor disso? O “caráter popular das comunidades” deixará de ser preservado. A ideia, no fundo, reside em afastar os pequenos confortos da classe média dos habitantes da favela. 

      Mas por que um esquerdista faria uma proposta tão torpe? Simples: pessoas que tem algum nível de conforto típico da classe média tendem a nutrir algumas expectativas da classe média, isto é, a luta pela manutenção do pouco que conseguiram, ao invés da aderência a princípios socialistas. 

      Ou seja, em prol da manutenção das “comunidades” de forma que eles possam capitalizar mais em cima de sua população, esquerdistas lutam para aniquilar oportunidades de tornar a vida dos favelados melhor e mais confortável. Por que eu não estou surpreso?

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