quarta-feira, 29 de novembro de 2017

PSDB SE UNE AO PT PARA TENTAR FREAR “ONDA CONSERVADORA”


Por Filipe G. Martins

     Numa demonstração clara de sua identidade ideológica, o PSDB se articula com o PSOL e com o PT para combater os valores conservadores da população brasileira e tentar frear a candidatura de Jair Bolsonaro.

     Durante muito tempo, quem quer que dissesse que o PSDB é um partido de esquerda, que diverge do PT apenas em questões marginais, se tornava alvo de chacota e era tratado como um teórico da conspiração. O tempo, porém, é um bom amigo da verdade e, conforme os anos foram se passando, esse fato foi se tornando cada vez mais patente; tão patente e tão claro que talvez até um jornalista consiga enxergá-lo.

     Se, apesar disso, você ainda conhece alguém que insiste em dizer que o PSDB é um partido de direita e que afeta risadinhas de deboche sempre que lê ou ouve que o partido de FHC é um partido de esquerda, comandado por figurões de tendências social-democratas, gramscistas e fabianas, conte para essa pessoa sobre o evento “Manifesto de Convergências pela Democracia e Direitos Humanos”, que será realizado no dia 02 de dezembro pelo Instituto Teotônio Vilela, o centro de formação política do PSDB, em parceria com o grupo PSDB Esquerda Pra Valer.

     O evento, que tem como objetivo declarado articular estrategicamente a esquerda nacional para o combate ao avanço do conservadorismo no país, reunirá lideranças de diversos partidos de esquerda. Além de políticos e intelectuais do próprio PSDB, foram convocados representantes do PSB, da REDE, do PV, do PPS, do PDT, do PSOL e do PT.

PSDB esquerdista

     E para que não reste dúvida de que o evento não está sendo promovido por um grupo minoritário dentro do partido, a elite do tucanato estará toda presente. Dentre os figurões que já confirmaram presença, estão Alberto Goldman, atual presidente do partido; José Anibal, presidente do Instituto Teotônio Vilela; o senador José Serra; o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; e o governador Geraldo Alckmin.

     Além de definir estratégias para lidar com a força eleitoral de Jair Bolsonaro, os organizadores do evento também pretendem discutir uma série de eventos internacionais, como a vitória de Donald Trump e o Brexit, com a finalidade de publicar um manifesto, de caráter suprapartidário, que servirá como norte para partidos e movimentos de esquerda no enfrentamento contra o avanço e a organização da direita brasileira, que, pela primeira vez na história da Nova República, será uma opção viável na disputa presidencial.

     Essa frente ampla de partidos de esquerda provavelmente será acionada para apoiar Lula, Geraldo Alckmin ou quem quer que se torne o adversário do deputado Jair Bolsonaro no segundo turno da disputa presidencial que será realizada no ano que vem. No entanto, se você pensa que essa articulação tem como alvo única e exclusivamente o pré-candidato do PATRIOTA, você está enganado.  Se você se revolta com os 60 mil homicídios anuais, não aplaude a ideologia de gênero, o assassinato de bebês, a corrosão das tradições, o vilipêndio das crenças e dos símbolos cristãos, e deseja preservar sua família do declínio cultural e moral promovido em nome da arte e da educação, é contra você que partidos de esquerda, como o PT e o PSDB, desejam lutar.

     Para os organizadores e os participantes dessa articulação, “democracia” consiste em privar a maioria absoluta dos brasileiros de representação política, de ingresso nos debates intelectuais e de espaço na “grande mídia”.

     Para os organizadores e os participantes dessa articulação, “direitos humanos” consistem em marginalizar o brasileiro médio e em exaltar o lumpesinato, enquanto promovem o banditismo e o coitadismo penal que estão na raiz dos crimes violentos e dos homicídios que assolam os brasileiros.

     O que eles chamam de “combate ao avanço do conservadorismo”, portanto, nada mais é do que a prática de escorraçar da cena pública aqueles a quem eles prometeram abrir as portas da democracia; pisar nos valores e nas crenças daqueles que eles dizem representar; e, acima de tudo, retornar o país à tradicional disputa entre candidatos de esquerda, na qual a maioria dos brasileiros não tem senão a opção de votar em partidos que representam o contrário de tudo aquilo em que eles crêem.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

POR QUE ME TORNEI ANTIMARXISTA

Por Rogério Linhares


“A violência comunista não foi mera aberração da psique eslava, mas sim algo diabolicamente inerente à engenharia social marxista, que, querendo reformar o homem pela força, transforma os dissidentes primeiro em inimigos, e depois em vítimas.” (ROBERTO CAMPOS)

   Acredito que todo homem tem o dever moral de ser contra o que acredita ser mal e falso, mesmo que isso tenha um alto custo pessoal. Alguns tem a força interior que os torna inabaláveis as críticas e estão dispostos a morrerem pelo que acredita. Esses indivíduos preferem a pressão da luta que a vergonha de não ter tomado posição.

   Não quero conviver com a vergonha de não ter me posicionado em favor daquilo que acredito. O meu antimarxismo foi fruto de uma profunda reflexão sobre o tema. Nos últimos anos tenho lido uma quantidade de livros e artigos suficientes para afirmar, sem a menor sombra de dúvida, que as ideias de Marx e companhia só levaram ao caos, a destruição, a morte, a fome e a miséria. Vamos aos fatos:

1) O marxismo sempre se utilizou do “canto da sereia” socialista de lutar pelos pobres e oprimidos em nome de uma sociedade mais justa para todos. Imbuídos dessa crença, os marxistas se julgaram moralmente superiores e acreditaram que seriam justificados por qualquer ato, por mais indigno que fosse, para realizar este sonho. O resultado, segundo o LIVRO NEGRO DO COMUNISMO, foram os mais de 100 milhões de mortes em todo o mundo, pois quem discordasse da maneira como este sonho deveria ser realizado teria que ser eliminado como “inimigo do povo”. Alain Bensanson, no livro A INFELICIDADE DO SÉCULO, afirma que o nazismo e o comunismo são “irmãos heterozigotos” e que o comunismo consegui ser pior do que o nazismo pois soube como ninguém tingir o seu mal com as cores do bem, ou seja, em nome de um suposto mundo melhor tudo era permitido. Como exemplo, temos a entrevista de Eric Hobsbawm (historiador marxista) a Michael Ignatieff (jornalista). Michael perguntou a Eric se “a morte de 15 a 20 milhões de pessoas seria justificada caso fizesse nascer uma manhã radiante” e este respondeu simplesmente que sim. ( Vê o link: https://www.youtube.com/watch?v=bzZIxZ3d-Yc)

2) Os marxistas disfarçam o discurso de ódio sob a pregação da luta de classes. Segundo André Glucksmann, no livro O DISCURSO DE ÓDIO, duas coisas caracterizam uma mensagem de ódio: primeiro, a escolha de um bode expiatório para lançar sobre ele a culpa de todos o males que lhe acomete, e; segundo, a justificativa moral para se empregar qualquer meio possível contra este bode expiatório. Com base nisso, os marxistas dividiram a sociedade entre oprimidos e opressores, onde os supostamente oprimidos são incentivados a usar todo e qualquer meio de ação contra os supostos opressores. Hoje vivemos num período em que o filosofo Luiz Filipe Pondé chamou de a ERA DO RESSENTIMENTO onde todos estão contra todos, isto é, o negro contra o branco, o hétero contra o homo, os ateus contra religiosos, filhos contra pais, alunos contra professores, nordestinos contra sulistas, mulheres contra homens e assim por diante. Dividir pra conquistar eis a estratégia!!!!!!

3) Os marxistas são antirreligiosos, e em especial anticristãos. Começa com Marx que afirmava que a religião era o ÓPIO DO POVO, passa por Antonio Gramsci que dizia que para o marxismo triunfar era necessário destruir a moral judaico-cristã e continua por todos os principais intelectuais orgânicos do movimento, com algumas raras exceções, como por exemplo, a teologia da libertação que tenta adulterar o cristianismo fazendo o casamento de Jesus com Marx. Falar em cristão marxista é tão incompatível quanto falar em cristão muçulmano. Enquanto o cristão autentico subordina a ideologia a teologia, o cristão marxista subordina a teologia a ideologia. Só para contextualizar, recentemente durante a exibição do documentário “Os jardins das Aflições”, sobre a vida e obra do filósofo Olavo de Carvalho (na Universidade Federal da Bahia) muitos marxistas protestaram contra o evento e em um de seus cartazes estava escrito “morte aos cristãos”. (Vê link: https://www.facebook.com/CanetaDesesquerdizadora/videos/501598843557391/)

4) Os marxistas, seguindo as ideias de Antonio Gramsci (de destruição da moral judaico-cristã), tentam a todo o custo perverter os atuais valores. Vejamos:
• Enquanto a moral judaico-cristã considera errado a prostituição, os marxistas querem legalizá-la.
• Enquanto a moral judaico-cristã considera errado o aborto, os marxistas tentam torná-la uma prática comum..
• Enquanto a moral judaico-cristã considera errado o uso de drogas, os marxistas ambicionam fazer com que o uso delas seja comum, especialmente da maconha.
• Enquanto a moral judaico-cristã considera errada a pedofilia, os marxistas (atualmente não todos) aspiram relativizá-la. (Exemplos QUEERMUSEU e MAM-SP)
• Enquanto a moral judaico-cristã enfatiza a responsabilidade individual de nossas ações, os marxistas jogam a culpa das nossas ações na sociedade.
• Enquanto a moral judaico-cristã promove a piedade, os marxistas incentivam a auto-piedade e a autocomiseração, ou seja, a vitimização exacerbada.
• Enquanto a moral judaico-cristã incentiva o esforço próprio e a meritocracia (pois “cada um deve receber segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou o bem ou o mal” 2 Co 5.10), os marxistas incentivam a dependência de terceiros, especialmente do governo.
• Enquanto a moral judaico-cristã tenta desenvolver um individuo com escrúpulos (princípios), os marxistas desdenham deles. Citando Nelson Rodrigues: “Para o comunista, o que nós chamamos de dignidade é um preconceito burguês. Para o comunista, o pequeno burguês é um idiota absoluto justamente porque tem escrúpulos”

   Para uma análise mais profunda sobre a mentalidade “marxista”aconselho a leitura do livro A MENTE ESQUERDISTA: AS CAUSAS PSICOLÓGICAS DA LOUCURA POLÍTICA do psiquiatra norte-americano Lyle Rossiter.

   É do escritor e estudioso Louis Fischer o desenvolvimento do conceito KRONSTADT. Para ele KRONSTADT é o momento de decisão moral em que uma pessoa passa de ex-marxista para um antimarxismo. Esse momento é fruto de uma profunda reflexão moral de si mesmo, além disso é um momento particularmente dramático que para uns acontecem cedo e para outros só nas derradeiros horas. Só para contextualizar, Kronstadt era uma fortaleza soviética na Finlândia que em 1921 se rebelou contra o Bolchevismo da URSS. A rebelião foi brutalmente reprimida por Lênin com um banho de sangue, embora as pessoas da fortaleza tenham sido camaradas na REVOLUÇÃO 1917. Muitos comunistas sérios da época decidiram, depois de KRONSTADT, rompê definitivamente com o marxismo, daí a expressão momento KRONSTADT. Para quem não sabe, fui petista-marxista por muito tempo. Entretanto, este meu momento dramático de ruptura total e irreversível com as ideias de Marx ocorreu em 2010, durante o período do MENSALÃO DO PT. Enquanto tínhamos a certeza da corrupção dos envolvidos, o partido falava que os mensaleiros eram “perseguidos políticos”, “pessoas de bem” e “guerreiros do povo brasileiro”. Não deu mais, foi à gota d’água!!!!!

MINHAS IMPRESSÕES SOBRE A CANDIDATURA DE CIRO GOMES A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

                                                                                                              Por Rogério Linhares


1) A eleição de 2018 será a mais polarizada da história brasileira. Temos Lula de um lado e Bolsonaro de outro. Nesse cenário Ciro não tem a mínima chance.
2) A coisa se modifica se o Lula for impedido pela justiça e não tiver um nome de peso para representar o PT. Caso isso ocorra, alguns eleitores de Lula poderão se dividir entre os outros candidatos e assim beneficiar o Ciro. Entretanto, será difícil para ele se mostrar como um candidato viável e com musculatura suficiente para ganhar o pleito.
3) Os 13 anos de PT no poder, com uma real e visível radicalização à esquerda pelo partido, fez a população brasileira se envergar a direita. Lembram d’aquela lei de Newton que afirma que “todo ação gera uma reação igual e contraria”? Pois é, essa radicalização do PT contribuiu para criar um movimento de resistência oposta a tudo o que “está aí”. Como a esquerda, com diferentes tons de vermelho, monopolizou a política nos últimos 21 anos (+ ou -) o “tudo o que está aí” tem uma parcela de culpa dela. Logo, temos o Lula representando o “sistema”, o Bolsonaro representando o “antisistema” e um ou mais representando um possível centro.
4) O Ciro, a meu vê, não tem como aglutinar em torno de si um centro, suficientemente robusto, que possa ganhar a eleição de 2018. Por vários motivos, eis os principais:
a) Tem um temperamento irascível. Recentemente falou que se o juiz Sergio Moro tentasse lhe prender seria recebido a bala. Como disse Roberto Jefferson “o maior inimigo de Ciro Gomes é ele mesmo”.
b) Faz parte de um partido (o PDT) de extrema-esquerda ligada a Internacional Socialista (Comunista) e que foi fundado por um cara ultrarradical chamado de Leonel Brizola, que já foi, inclusive, presidente de honra dessa mesma entidade. Para conquistar espaço no centro Ciro precisará adaptar o seu discurso reunindo propostas de direita e de esquerda. Para fazer isso terá dificuldades tanto dentro do partido como pessoalmente, visto que sempre militou à esquerda.
c) Recentemente o PDT informou uma parceria com o PCC (Partido Comunista Chinês) para vencer as eleições de 2018 no Brasil.
5) Na eleição de 2018 haverá três propostas de governo, a saber:
a) COM VIÉS IDEOLOGICO DE ESQUERDA
Medidas progressistas (de esquerda) na economia e medidas progressistas (de esquerda) nos costumes – CANDIDATOS: Lula/PT, Manuela D’Avila/PC do B, Luciana Genro (?)/Psol, etc...
b) COM VIÉS IDEOLOGICO DE CENTRO ESQUERDA
Medidas Liberais (de direita) na economia e medidas progressistas (de esquerda) nos costumes – CANDIDATOS: Geraldo Alckmin/PSDB, Luciano Hulk/PPS (possivelmente), Ciro Gomes/PDT (não sabemos ainda se ele será enquadrado aqui ou no item anterior), etc...
c) COM VIÉS IDEOLOGICO DE DIREITA
Medidas liberais (de direita) na economia e medidas conservadoras (de direita) nos costumes – CANDIDATO: Bolsonaro/PATRIOTA
6) Já tomei uma decisão pessoal de não votar em nenhum candidato de esquerda. Tanto por discordar ideologicamente deles como por considerá-los responsáveis pelos maiores escândalos de corrupção da história mundial, segundo a Lava-Jato.