Por Rogério Linhares
1) A eleição de 2018 será a mais polarizada da história brasileira. Temos Lula de um lado e Bolsonaro de outro. Nesse cenário Ciro não tem a mínima chance.
2) A coisa se modifica se o Lula for impedido pela justiça e não tiver um nome de peso para representar o PT. Caso isso ocorra, alguns eleitores de Lula poderão se dividir entre os outros candidatos e assim beneficiar o Ciro. Entretanto, será difícil para ele se mostrar como um candidato viável e com musculatura suficiente para ganhar o pleito.
3) Os 13 anos de PT no poder, com uma real e visível radicalização à esquerda pelo partido, fez a população brasileira se envergar a direita. Lembram d’aquela lei de Newton que afirma que “todo ação gera uma reação igual e contraria”? Pois é, essa radicalização do PT contribuiu para criar um movimento de resistência oposta a tudo o que “está aí”. Como a esquerda, com diferentes tons de vermelho, monopolizou a política nos últimos 21 anos (+ ou -) o “tudo o que está aí” tem uma parcela de culpa dela. Logo, temos o Lula representando o “sistema”, o Bolsonaro representando o “antisistema” e um ou mais representando um possível centro.
4) O Ciro, a meu vê, não tem como aglutinar em torno de si um centro, suficientemente robusto, que possa ganhar a eleição de 2018. Por vários motivos, eis os principais:
a) Tem um temperamento irascível. Recentemente falou que se o juiz Sergio Moro tentasse lhe prender seria recebido a bala. Como disse Roberto Jefferson “o maior inimigo de Ciro Gomes é ele mesmo”.
b) Faz parte de um partido (o PDT) de extrema-esquerda ligada a Internacional Socialista (Comunista) e que foi fundado por um cara ultrarradical chamado de Leonel Brizola, que já foi, inclusive, presidente de honra dessa mesma entidade. Para conquistar espaço no centro Ciro precisará adaptar o seu discurso reunindo propostas de direita e de esquerda. Para fazer isso terá dificuldades tanto dentro do partido como pessoalmente, visto que sempre militou à esquerda.
c) Recentemente o PDT informou uma parceria com o PCC (Partido Comunista Chinês) para vencer as eleições de 2018 no Brasil.
5) Na eleição de 2018 haverá três propostas de governo, a saber:
a) COM VIÉS IDEOLOGICO DE ESQUERDA
Medidas progressistas (de esquerda) na economia e medidas progressistas (de esquerda) nos costumes – CANDIDATOS: Lula/PT, Manuela D’Avila/PC do B, Luciana Genro (?)/Psol, etc...
b) COM VIÉS IDEOLOGICO DE CENTRO ESQUERDA
Medidas Liberais (de direita) na economia e medidas progressistas (de esquerda) nos costumes – CANDIDATOS: Geraldo Alckmin/PSDB, Luciano Hulk/PPS (possivelmente), Ciro Gomes/PDT (não sabemos ainda se ele será enquadrado aqui ou no item anterior), etc...
c) COM VIÉS IDEOLOGICO DE DIREITA
Medidas liberais (de direita) na economia e medidas conservadoras (de direita) nos costumes – CANDIDATO: Bolsonaro/PATRIOTA
6) Já tomei uma decisão pessoal de não votar em nenhum candidato de esquerda. Tanto por discordar ideologicamente deles como por considerá-los responsáveis pelos maiores escândalos de corrupção da história mundial, segundo a Lava-Jato.
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