quarta-feira, 15 de novembro de 2017

POR QUE ME TORNEI ANTIMARXISTA

Por Rogério Linhares


“A violência comunista não foi mera aberração da psique eslava, mas sim algo diabolicamente inerente à engenharia social marxista, que, querendo reformar o homem pela força, transforma os dissidentes primeiro em inimigos, e depois em vítimas.” (ROBERTO CAMPOS)

   Acredito que todo homem tem o dever moral de ser contra o que acredita ser mal e falso, mesmo que isso tenha um alto custo pessoal. Alguns tem a força interior que os torna inabaláveis as críticas e estão dispostos a morrerem pelo que acredita. Esses indivíduos preferem a pressão da luta que a vergonha de não ter tomado posição.

   Não quero conviver com a vergonha de não ter me posicionado em favor daquilo que acredito. O meu antimarxismo foi fruto de uma profunda reflexão sobre o tema. Nos últimos anos tenho lido uma quantidade de livros e artigos suficientes para afirmar, sem a menor sombra de dúvida, que as ideias de Marx e companhia só levaram ao caos, a destruição, a morte, a fome e a miséria. Vamos aos fatos:

1) O marxismo sempre se utilizou do “canto da sereia” socialista de lutar pelos pobres e oprimidos em nome de uma sociedade mais justa para todos. Imbuídos dessa crença, os marxistas se julgaram moralmente superiores e acreditaram que seriam justificados por qualquer ato, por mais indigno que fosse, para realizar este sonho. O resultado, segundo o LIVRO NEGRO DO COMUNISMO, foram os mais de 100 milhões de mortes em todo o mundo, pois quem discordasse da maneira como este sonho deveria ser realizado teria que ser eliminado como “inimigo do povo”. Alain Bensanson, no livro A INFELICIDADE DO SÉCULO, afirma que o nazismo e o comunismo são “irmãos heterozigotos” e que o comunismo consegui ser pior do que o nazismo pois soube como ninguém tingir o seu mal com as cores do bem, ou seja, em nome de um suposto mundo melhor tudo era permitido. Como exemplo, temos a entrevista de Eric Hobsbawm (historiador marxista) a Michael Ignatieff (jornalista). Michael perguntou a Eric se “a morte de 15 a 20 milhões de pessoas seria justificada caso fizesse nascer uma manhã radiante” e este respondeu simplesmente que sim. ( Vê o link: https://www.youtube.com/watch?v=bzZIxZ3d-Yc)

2) Os marxistas disfarçam o discurso de ódio sob a pregação da luta de classes. Segundo André Glucksmann, no livro O DISCURSO DE ÓDIO, duas coisas caracterizam uma mensagem de ódio: primeiro, a escolha de um bode expiatório para lançar sobre ele a culpa de todos o males que lhe acomete, e; segundo, a justificativa moral para se empregar qualquer meio possível contra este bode expiatório. Com base nisso, os marxistas dividiram a sociedade entre oprimidos e opressores, onde os supostamente oprimidos são incentivados a usar todo e qualquer meio de ação contra os supostos opressores. Hoje vivemos num período em que o filosofo Luiz Filipe Pondé chamou de a ERA DO RESSENTIMENTO onde todos estão contra todos, isto é, o negro contra o branco, o hétero contra o homo, os ateus contra religiosos, filhos contra pais, alunos contra professores, nordestinos contra sulistas, mulheres contra homens e assim por diante. Dividir pra conquistar eis a estratégia!!!!!!

3) Os marxistas são antirreligiosos, e em especial anticristãos. Começa com Marx que afirmava que a religião era o ÓPIO DO POVO, passa por Antonio Gramsci que dizia que para o marxismo triunfar era necessário destruir a moral judaico-cristã e continua por todos os principais intelectuais orgânicos do movimento, com algumas raras exceções, como por exemplo, a teologia da libertação que tenta adulterar o cristianismo fazendo o casamento de Jesus com Marx. Falar em cristão marxista é tão incompatível quanto falar em cristão muçulmano. Enquanto o cristão autentico subordina a ideologia a teologia, o cristão marxista subordina a teologia a ideologia. Só para contextualizar, recentemente durante a exibição do documentário “Os jardins das Aflições”, sobre a vida e obra do filósofo Olavo de Carvalho (na Universidade Federal da Bahia) muitos marxistas protestaram contra o evento e em um de seus cartazes estava escrito “morte aos cristãos”. (Vê link: https://www.facebook.com/CanetaDesesquerdizadora/videos/501598843557391/)

4) Os marxistas, seguindo as ideias de Antonio Gramsci (de destruição da moral judaico-cristã), tentam a todo o custo perverter os atuais valores. Vejamos:
• Enquanto a moral judaico-cristã considera errado a prostituição, os marxistas querem legalizá-la.
• Enquanto a moral judaico-cristã considera errado o aborto, os marxistas tentam torná-la uma prática comum..
• Enquanto a moral judaico-cristã considera errado o uso de drogas, os marxistas ambicionam fazer com que o uso delas seja comum, especialmente da maconha.
• Enquanto a moral judaico-cristã considera errada a pedofilia, os marxistas (atualmente não todos) aspiram relativizá-la. (Exemplos QUEERMUSEU e MAM-SP)
• Enquanto a moral judaico-cristã enfatiza a responsabilidade individual de nossas ações, os marxistas jogam a culpa das nossas ações na sociedade.
• Enquanto a moral judaico-cristã promove a piedade, os marxistas incentivam a auto-piedade e a autocomiseração, ou seja, a vitimização exacerbada.
• Enquanto a moral judaico-cristã incentiva o esforço próprio e a meritocracia (pois “cada um deve receber segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou o bem ou o mal” 2 Co 5.10), os marxistas incentivam a dependência de terceiros, especialmente do governo.
• Enquanto a moral judaico-cristã tenta desenvolver um individuo com escrúpulos (princípios), os marxistas desdenham deles. Citando Nelson Rodrigues: “Para o comunista, o que nós chamamos de dignidade é um preconceito burguês. Para o comunista, o pequeno burguês é um idiota absoluto justamente porque tem escrúpulos”

   Para uma análise mais profunda sobre a mentalidade “marxista”aconselho a leitura do livro A MENTE ESQUERDISTA: AS CAUSAS PSICOLÓGICAS DA LOUCURA POLÍTICA do psiquiatra norte-americano Lyle Rossiter.

   É do escritor e estudioso Louis Fischer o desenvolvimento do conceito KRONSTADT. Para ele KRONSTADT é o momento de decisão moral em que uma pessoa passa de ex-marxista para um antimarxismo. Esse momento é fruto de uma profunda reflexão moral de si mesmo, além disso é um momento particularmente dramático que para uns acontecem cedo e para outros só nas derradeiros horas. Só para contextualizar, Kronstadt era uma fortaleza soviética na Finlândia que em 1921 se rebelou contra o Bolchevismo da URSS. A rebelião foi brutalmente reprimida por Lênin com um banho de sangue, embora as pessoas da fortaleza tenham sido camaradas na REVOLUÇÃO 1917. Muitos comunistas sérios da época decidiram, depois de KRONSTADT, rompê definitivamente com o marxismo, daí a expressão momento KRONSTADT. Para quem não sabe, fui petista-marxista por muito tempo. Entretanto, este meu momento dramático de ruptura total e irreversível com as ideias de Marx ocorreu em 2010, durante o período do MENSALÃO DO PT. Enquanto tínhamos a certeza da corrupção dos envolvidos, o partido falava que os mensaleiros eram “perseguidos políticos”, “pessoas de bem” e “guerreiros do povo brasileiro”. Não deu mais, foi à gota d’água!!!!!

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