sexta-feira, 3 de agosto de 2018

O BRASIL ESTA PRÓXIMO DE UM MOMENTO DE RUPTURA


Por Rogério Linhares

Todos os povos do mundo passaram por momentos de ruptura com o seu passado histórico. Este período de inflexão pode se dá de forma violenta ou silenciosa, mas sempre acontece dentro de um anseio de mudança.

Atualmente, duas são as forças que se agigantam pelos corações e mentes dos brasileiros: as do establishment e as do antiestablishment. As forças do establishment buscam a manutenção do status quo e representam aquela ordem ideológica, política, econômica e cultural do Brasil que hoje é hegemônica, enquanto que as forças do antiestablishment são todos aqueles que lutam para romper a degradada estrutura de coisas do presente.

O establishment se tornou um sistema de uma casta privilegiada, cheia de políticos corruptos, de empresários apadrinhados inescrupulosos e de um judiciário que não faz justiça, mas luta política. Enquanto a maioria da população sofre com a violência endêmica, o desemprego generalizado, um sistema de saúde em colapso e uma rede de educação falida; a elite do sistema está completamente desconectada das reais e urgentes necessidades do povo adotando como prioridades pautas de pouca relevância social, como a abolição dos canudinhos de plásticos nos restaurantes e a criação de banheiros trans para o público. 

Desde o fim da Ditadura Militar o Brasil foi governado pela esquerda em suas duas vertentes, isto é, a radical (petismo) e a moderada (tucanismo/social-democrata). As forças que lutam pela manutenção do status quo já perceberam que há no seio da sociedade um incontrolável desejo de romper com os privilégios que as subjugam em prol do sistema. A eleição de 2018 no Brasil será uma luta de “vida ou morte” para o establishment e eles farão alianças com o “diabo” para tentar conter qualquer mudança na ordem vigente, com efeito, alguns proporão mudar alguma coisa para que no geral nada mude. 

A inconformidade com o atual modelo da Nova República chegou a um ponto de ebulição em que o establishment já não pode esconder ou controlar a situação. Desde 2013, o filósofo Olavo de Carvalho já assinalava que vivemos o esgotamento de um ciclo, de um momento de ruptura. Recentemente, em um artigo escrito para o jornal americano Washington Post, Fernando Henrique Cardoso se diz preocupara com as “condições revolucionárias” existentes no Brasil e que “os vingadores estão se preparando para cortar as cabeças dos poderosos”, e conclui afirmando que “se a história serve de guia, o fim do processo tende a ser a chegada de um líder providencial, salvador carismático ou homem forte que vem para pôr fim à desordem na terra”.

Não podemos prever o futuro. Só nos resta torcer para que essa revolução não ocorra nos moldes da Revolução Russa de 1917, inspirada no socialismo e nos valores seculares (o PT, por exemplo, prega uma radicalização a esquerda, caso vença a eleição de 2018), mas sim, usando como modelo a Revolução Americana de 1776, inspirada no liberalismo e nos valores judaico-cristãos. QUE DEUS SALVE O BRASIL!!!!!

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