Por Rogério Linhares
Todos os povos do mundo passaram por momentos de ruptura com o seu
passado histórico. Este período de inflexão pode se dá de forma violenta
ou silenciosa, mas sempre acontece dentro de um anseio de mudança.
Atualmente, duas são as forças que se agigantam pelos corações e mentes
dos brasileiros: as do establishment e as do antiestablishment. As
forças do establishment buscam a manutenção do status quo e representam
aquela ordem ideológica, política, econômica e cultural do Brasil que
hoje é hegemônica, enquanto que as forças do antiestablishment são todos
aqueles que lutam para romper a degradada estrutura de coisas do
presente.
O establishment se tornou um sistema de uma casta
privilegiada, cheia de políticos corruptos, de empresários apadrinhados
inescrupulosos e de um judiciário que não faz justiça, mas luta
política. Enquanto a maioria da população sofre com a violência
endêmica, o desemprego generalizado, um sistema de saúde em colapso e
uma rede de educação falida; a elite do sistema está completamente
desconectada das reais e urgentes necessidades do povo adotando como
prioridades pautas de pouca relevância social, como a abolição dos
canudinhos de plásticos nos restaurantes e a criação de banheiros trans
para o público.
Desde o fim da Ditadura Militar o Brasil foi
governado pela esquerda em suas duas vertentes, isto é, a radical
(petismo) e a moderada (tucanismo/social-democrata). As forças que lutam
pela manutenção do status quo já perceberam que há no seio da sociedade
um incontrolável desejo de romper com os privilégios que as subjugam em
prol do sistema. A eleição de 2018 no Brasil será uma luta de “vida ou
morte” para o establishment e eles farão alianças com o “diabo” para
tentar conter qualquer mudança na ordem vigente, com efeito, alguns
proporão mudar alguma coisa para que no geral nada mude.
A
inconformidade com o atual modelo da Nova República chegou a um ponto de
ebulição em que o establishment já não pode esconder ou controlar a
situação. Desde 2013, o filósofo Olavo de Carvalho já assinalava que
vivemos o esgotamento de um ciclo, de um momento de ruptura.
Recentemente, em um artigo escrito para o jornal americano Washington
Post, Fernando Henrique Cardoso se diz preocupara com as “condições
revolucionárias” existentes no Brasil e que “os vingadores estão se
preparando para cortar as cabeças dos poderosos”, e conclui afirmando
que “se a história serve de guia, o fim do processo tende a ser a
chegada de um líder providencial, salvador carismático ou homem forte
que vem para pôr fim à desordem na terra”.
Não podemos prever o
futuro. Só nos resta torcer para que essa revolução não ocorra nos
moldes da Revolução Russa de 1917, inspirada no socialismo e nos valores
seculares (o PT, por exemplo, prega uma radicalização a esquerda, caso
vença a eleição de 2018), mas sim, usando como modelo a Revolução
Americana de 1776, inspirada no liberalismo e nos valores
judaico-cristãos. QUE DEUS SALVE O BRASIL!!!!!
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