terça-feira, 24 de julho de 2018

REFLEXÃO SOBRE O DESARMAMENTO


Por ROGÉRIO LINHARES

Por que sou contra o desarmamento da população e a favor que o cidadão possa exercer o seu direito de legitima defesa? São dois os motivos:

a) O POLÍTICO: Existe um interesse político de concentrar o poder nas mãos do Estado. Por que será que todo ditador quando chega ao poder a primeira coisa que faz é desarmar a população? Foi isso que aconteceu com Hitler, Stalin, Mao Tsé Tung, Fidel Castro e mais recentemente o ditador Nicolás Maduro da Venezuela. Não é coincidência que o primeiro presidente brasileiro a fazer um desarmamento da população foi o ditador Getulio Vargas. Isso é fácil de deduzir, pois uma população desarmada é uma população que não fará resistência, pelo menos significativa, ao ditador. No livro HITLER E O DESARMAMENTO dá para compreender por que os judeus foram facilmente dominados pelos nazistas.

b) O SOCIAL: Ao contrario do que se dizem por aí que mais armas significa mais violência, os estudos sérios sobre o assunto demonstram o oposto (ver os livros VIOLÊNCIA E ARMAS de Joyce Malcoln e o PRECONCEITO CONTRA AS ARMAS de John Lott). Vejam o caso da Suíça e dos EUA, que são países extremamente armados e onde os índices de homicídios são baixíssimos. Na suíça o índice de homicídio é de 0,5 por 100 mil habitantes e o dos EUA é de 4 por 100 mil habitantes. O índice do Brasil é de 32 por 100 mil habitantes. Segundo a ONU quando o índice de homicídio passa de 10 por 100 mil habitantes a violência é considerada epidêmica. Entretanto, alguém pode argumentar: mas a Suíça e os EUA são diferentes, o Brasil se encontra em outro contexto!!!!! Ok, peguemos como exemplo o caso do Paraguai, que tem um nível social igual ao nosso. Em relação ao porte legal de armas, o Paraguai tem uma das legislações menos restritivas dos países da América do Sul e lá o índice de homicídio é de apenas 7,9 por 100 mil habitantes. Peguemos também o Brasil da década de 80 quando era mais fácil para um cidadão ter uma arma legal; nesse período o índice de homicídio era apenas de 11 por 100 mil habitantes. A conclusão lógica é que o desarmamento só desarma o cidadão de bem e não o bandido, pois este, por ser um fora da lei, continuará andando fora da lei com a existência de uma lei de desarmamento. Aí alguém pode argumentar: então vamos voltar ao Velho Oeste? Quem dera, segundo Bené Barbosa , autor do livro MENTIRAM PRA MIM SOBRE O DESARMAMENTO, a taxa de homicídio do Velho Oeste Americano era apenas 1,5 por 100 mil habitantes. 

Caso as leis brasileiras se tornassem menos restritivas ao porte legal de armas as pessoas não passariam a adquiri-las como se compra balas no supermercado. Haveriam uma série de requisitos, tais como: 1) Análise psicotécnica, para avaliar se uma pessoa tem uma tendência a violência; 2) Ficha limpa, para verificar se a pessoa tem alguma passagem pela polícia; 3) Curso de tiro, para aprender a manusear a arma e usá-la no momento certo; 4) Residência e emprego fixo, para ser mais fácil as autoridades encontrá-lo caso cometa algum ilícito.

O Estatuto do Desarmamento foi criado em 2003 como uma forma de diminuir as taxas crescentes de homicídios no Brasil. Todavia, não foi o que aconteceu. No ano anterior a criação do Estatuto o índice de homicídios no Brasil estava em 49 mil por ano. Hoje o índice de homicídio passa dos 60 mil. TUDO ISSO DEMONSTRA O COMPLETO FRACASSO DA ATUAL POLÍTICA DE SEGURANÇA PÚBLICA ENVOLVENDO O DESARMAMENTO

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