sábado, 29 de setembro de 2012

Veja quem foram os protagonistas da queda do 1º presidente eleito do País após ditadura

Impeachment de Collor

     A abertura do processo de Impeachment de Fernando Collor de Mello na Câmara dos Deputados completa 20 anos neste sábado (29). Por 441 a 38 votos, a Câmara votou pelo impedimento do presidente, que renunciou o cargo antes de ser condenado. Além de político, Collor também é jornalista, economista, empresário e escritor. Primeiro presidente eleito pelo povo após o regime militar (1964 a 1985), Collor governou o País nos anos de 1990 a 1992 e, após menos de dois anos de governo, sofreu um impeachment que marcou a história da política brasileira. Collor tem ainda o "título" de presidente mais jovem da história do Brasil. Entre agosto e setembro de 1992, um movimento de jovens e estudantes — os Caras Pintadas — abriu caminho para o impeachment.


Quando foi presidente, Fernando Collor era casado com Rosane Collor (foto). A ex-primeira dama ajudou a revelar que o ex-marido tinha um envolvimento maior com PC Farias, empresário e ex-tesoureiro da campanha de Collor ao Planalto em 1989



O vice-presidente de Fernanndo Collor era Itamar Franco. O governo de Collor foi marcado pela implantação do Plano Collor e a abertura do mercado nacional às importações. No início, seu plano teve uma boa aceitação, mas depois aprofundou a recessão econômica brasileira. A inflação chegou a 1.200% ao ano.


Pedro Collor de Mello, irmão de Fernando Collor, foi ponto de partida para a descoberta do esquema, já que fez a denúncia do esquema de corrupção política envolvendo Paulo César Farias, tesoureiro de Collor. Essa denúncia, feita em entrevista exclusiva ao jornalista Luís Costa Pinto e publicada na revista Veja em edição com data de capa de 27 de maio de 1992, desencadeou o processo de impeachment de Collor.


O empresário Paulo César Farias era o principal pivô do esquema de corrupção. Essas articulações políticas durante o mandato de Collor ficou conhecido como ‘esquema PC Farias’, plano que teria desviado mais de US$ 1 bilhão dos cofres públicos.


Luiz Lindbergh Farias Filho, conhecido apenas como Lindbergh Farias, foi o líder estudantil político na época do impeachment do então presidente Fernando Collor. Ele liderou a campanha dos Caras Pintadas em 1992. Hoje, Lindbergh é senador.


Thereza Collor é viúva de Pedro Collor, irmão de Fernando Collor de Mello. Thereza deu entrevistas que deram início às denúncias de corrupção, que contribuíram para o impeachment do ex-cunhado



Thereza Collor foi peça fundamental para esclarecer o esquema de corrupção encabeçado por Fernando Collor e PC Farias.


Em depoimento durante a CPI que investigava o então presidente da República, o motorista de Collor, Eriberto França, foi ao Congresso e confirmou os depósitos de PC Farias para a secretária do presidente, Ana Acioli. No mesmo mês, França declarou à revista IstoÉ que PC Farias pagava as contas da Casa da Dinda.


Zélia Maria Cardoso de Mello foi à primeira mulher a ocupar o cargo de ministra a Fazenda, no ano de 1990, na posse de Fernando Collor.  Zélia ajudou a elaborar o Plano Collor

José Bernardo Cabral é formado em direito e, no ano de 1990, tornou-se Ministro da Justiça do governo Fernando Collor. Ocupou o cargo por apenas por sete meses.


O vice-presidente da República, Itamar Franco, recebe do senador Dirceu Carneiro o documento que o tornaria Presidente em exercício, após o impeachment de Fernando Collor de Mello em 1992


O vice-presidente da República, Itamar Franco, posou ao lado do genereal Carlos Tinoco, na ocasião do impeachment do até então Presidente Collor


Estudantes participam de manifestação, convocada pela UNE (União Nacional dos Estudantes) e pelo PCdoB, pedindo o impeachment do presidente Fernando Collor



Jovens pintam os rostos e corpos e saem à rua para protestar e pedir o impeachment do então presidente Collor



Neste sábado (29), o impeachment de Fernando Collor, hoje senador, completa 20 anos


Hoje, Fernando Collor é senador da República pelo PTB.

Fonte: R7

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Joaquim Barbosa afirma que absolver réus por lavagem de dinheiro é crer que eles acreditavam em Papai Noel

Ministro relator do mensalão rebateu os argumentos de Ricardo Lewandowski


Carolina Martins, do R7, em Brasília....

     Antes de dar início à rodada de votos dos oitos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que vão se manifestar, nesta quinta-feira (27), sobre as acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro contra deputados, o presidente da Corte, ministro Ayres Brito, passou à palavra para o relator do processo, Joaquim Barbosa.

     No início da 29ª sessão de julgamento do mensalão, Barbosa decidiu rebater os argumentos usados pelo ministro revisor, Ricardo Lewandowski, para absolver todos os parlamentares das acusações de lavagem de dinheiro. Para o relator, Lewandowski está “equivocado” ao não aceitar dolo eventual no crime de lavagem. Dolo eventual é quando o agente, mesmo sem querer efetivamente cometer a infração, assume o risco de cometê-la.

     Foi com esse argumento que Lewandowski absolveu os réus. Mas Barbosa tentou convencer os outros colegas que a tese não se sustenta no caso do mensalão.

     — Os réus lançaram mão dessa engrenagem de lavagem porque sabiam da origem ilícita do dinheiro. A não ser que acreditaram piamente que Marcos Valério e o Banco Rural haviam se transformado em Papai Noel, decidindo distribuir dinheiro nas praças.


     Ao contrário de Joaquim Barbosa, Lewandowski sustenta que o fato dos réu não terem assinados recibos do dinheiro repassado a eles é mais um ato de corrupção e não configura, isoladamente, a lavagem de dinheiro. Para o revisor, não há provas de que os acusados sabiam da origem dos recursos recebidos.

Pedro Henry

     O ministro relator também rebateu os argumentos usados pelo revisor para absolver o líder do PP (Partido Progressista) à época do suposto mensalão, Pedro Henry. Joaquim Barbosa discorda do entendimento de Lewandowski, de que as acusações contra esse réu teriam sido genéricas e não individualizadas.

     Para sustentar seus argumentos, Barbosa citou trechos de depoimentos de testemunhas que atestam que Pedro Henry participou de reuniões nas quais foram negociados os repasses de dinheiro. Para o ministro relator, está clara a participação do réu.

R7 Notícias

O escândalo do mensalão


     — É equivocado, a meu sentir, a proposta de absolver Pedro Henry por não haver prova de que ele recebeu propina do esquema Valério-Rural. Ele era um dos líderes de seu partido e, nessa condição, negociou a troca de dinheiro por apoio político.

     De acordo com a denúncia, Pedo Henry recebeu propina em troca de apoio ao governo e formou sua própria quadrilha para lavar o dinheiro da corrupção. A defesa nega que ele tenha tratado de assuntos financeiros com o PT e diz que ele não tinha conhecimento da origem ilegal dos valores recebidos pelo PP.

     O ministro Lewandowski ouviu todas as considerações e não pediu a palavra para rebater nenhum do argumentos reforçados por Joaquim Barbosa.

domingo, 23 de setembro de 2012

Países violadores de direitos humanos compram armas do Brasil



Fonte: R7

     Quarto maior vendedor de armas do mundo, o Brasil vendeu, nos últimos dez anos, armamentos para países no topo da lista de violadores de direitos humanos, como Argélia, Iêmen, Indonésia, Paquistão e República Democrática do Congo. As informações são do instituo independente Iniciativa Norueguesa em Transferência de Armas Leves (NISAT, na sigla em inglês).

     Apesar de as vendas serem controladas por Itamaraty, Exército e Ministério da Defesa, nenhuma das três instituições informou ao R7 a lista dos países compradores, apesar dos pedidos da reportagem.

     Para o coordenador da área de controle de armas do Instituto Sou da Paz, Bruno Langeani, é necessário questionar para onde estão indo as armas brasileiras.

— Para quem a gente está exportando? Para quais órgãos? Para quê essas armas vão servir?

     Um dos grandes compradores é a Argélia, país que, apenas em 2008, comprou mais de US$ 7 milhões em armamentos daqui. Esse país africano é acusado pela Anistia Internacional de sérias restrições à liberdade de expressão, discriminação de mulheres e tortura de presos.

     Segundo o Itamaraty, o governo avalia cada venda e assegura que a exportação respeita os compromissos internacionais do País, bem como embargos da ONU.

Conheça a seguir alguns países importadores e entenda as regras para a venda de armas.