Impeachment de Collor
A abertura do processo de Impeachment de Fernando Collor de Mello na Câmara dos Deputados completa 20 anos neste sábado (29). Por 441 a 38 votos, a Câmara votou pelo impedimento do presidente, que renunciou o cargo antes de ser condenado. Além de político, Collor também é jornalista, economista, empresário e escritor. Primeiro presidente eleito pelo povo após o regime militar (1964 a 1985), Collor governou o País nos anos de 1990 a 1992 e, após menos de dois anos de governo, sofreu um impeachment que marcou a história da política brasileira. Collor tem ainda o "título" de presidente mais jovem da história do Brasil. Entre agosto e setembro de 1992, um movimento de jovens e estudantes — os Caras Pintadas — abriu caminho para o impeachment.
Quando foi presidente, Fernando Collor era casado com Rosane Collor (foto). A ex-primeira dama ajudou a revelar que o ex-marido tinha um envolvimento maior com PC Farias, empresário e ex-tesoureiro da campanha de Collor ao Planalto em 1989
O vice-presidente de Fernanndo Collor era Itamar Franco. O governo de Collor foi marcado pela implantação do Plano Collor e a abertura do mercado nacional às importações. No início, seu plano teve uma boa aceitação, mas depois aprofundou a recessão econômica brasileira. A inflação chegou a 1.200% ao ano.
Pedro Collor de Mello, irmão de Fernando Collor, foi ponto de partida para a descoberta do esquema, já que fez a denúncia do esquema de corrupção política envolvendo Paulo César Farias, tesoureiro de Collor. Essa denúncia, feita em entrevista exclusiva ao jornalista Luís Costa Pinto e publicada na revista Veja em edição com data de capa de 27 de maio de 1992, desencadeou o processo de impeachment de Collor.
O empresário Paulo César Farias era o principal pivô do esquema de corrupção. Essas articulações políticas durante o mandato de Collor ficou conhecido como ‘esquema PC Farias’, plano que teria desviado mais de US$ 1 bilhão dos cofres públicos.
Luiz Lindbergh Farias Filho, conhecido apenas como Lindbergh Farias, foi o líder estudantil político na época do impeachment do então presidente Fernando Collor. Ele liderou a campanha dos Caras Pintadas em 1992. Hoje, Lindbergh é senador.
Thereza Collor é viúva de Pedro Collor, irmão de Fernando Collor de Mello. Thereza deu entrevistas que deram início às denúncias de corrupção, que contribuíram para o impeachment do ex-cunhado
Thereza Collor foi peça fundamental para esclarecer o esquema de corrupção encabeçado por Fernando Collor e PC Farias.
Em depoimento durante a CPI que investigava o então presidente da República, o motorista de Collor, Eriberto França, foi ao Congresso e confirmou os depósitos de PC Farias para a secretária do presidente, Ana Acioli. No mesmo mês, França declarou à revista IstoÉ que PC Farias pagava as contas da Casa da Dinda.
José Bernardo Cabral é formado em direito e, no ano de 1990, tornou-se Ministro da Justiça do governo Fernando Collor. Ocupou o cargo por apenas por sete meses.
O vice-presidente da República, Itamar Franco, recebe do senador Dirceu Carneiro o documento que o tornaria Presidente em exercício, após o impeachment de Fernando Collor de Mello em 1992
O vice-presidente da República, Itamar Franco, posou ao lado do genereal Carlos Tinoco, na ocasião do impeachment do até então Presidente Collor
Estudantes participam de manifestação, convocada pela UNE (União Nacional dos Estudantes) e pelo PCdoB, pedindo o impeachment do presidente Fernando Collor
Jovens pintam os rostos e corpos e saem à rua para protestar e pedir o impeachment do então presidente Collor
Neste sábado (29), o impeachment de Fernando Collor, hoje senador, completa 20 anos
Hoje, Fernando Collor é senador da República pelo PTB.
Fonte: R7