Por Rogério Linhares
“Devemos sempre tomar lados. A
neutralidade ajuda o algoz, nunca a vítima." (Elie Wiesel)
Observando atualmente inúmeros
amigos cristãos, percebo que enquanto o país passa por uma profunda crise política,
moral e institucional muitos deles se escondem sob o manto da neutralidade para
não perder amigos ou por medo de retaliações. Estas pessoas não gostam de se
posicionar sobre temas polêmicos, manifestar-se politicamente ou mesmo defender
aquilo em que acreditam.
Jamais devemos ficar neutros ante a verdade e a justiça sob pena de comprometermos o nosso caráter. O Novo Testamento é claro em relação a isso. Certa vez Jesus afirmou que “quem não é comigo é contra mim, e quem comigo não ajunta, espalha” (Lucas 11:23). Para Jesus ou você é ou não é, não existe meio termo. A igreja de Laodicédia foi condenada por Cristo em Apocalipse por ser neutra em sua fé: “conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca” (Apocalipse 3:15,16). Não se posicionar é omissão e omissão é pecado. São Tomás de Aquino resumiu bem essa perspectiva quando declarou que : “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é negá-la”.
Jamais devemos ficar neutros ante a verdade e a justiça sob pena de comprometermos o nosso caráter. O Novo Testamento é claro em relação a isso. Certa vez Jesus afirmou que “quem não é comigo é contra mim, e quem comigo não ajunta, espalha” (Lucas 11:23). Para Jesus ou você é ou não é, não existe meio termo. A igreja de Laodicédia foi condenada por Cristo em Apocalipse por ser neutra em sua fé: “conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca” (Apocalipse 3:15,16). Não se posicionar é omissão e omissão é pecado. São Tomás de Aquino resumiu bem essa perspectiva quando declarou que : “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é negá-la”.
Dante Aligheri , na obra clássico
A Divina Comédia, afirma que o inferno está dividido em 34 moradas ocupadas de
acordo com a gravidade dos pecados dos condenados. Ele também diz que antes dos
círculos infernais, em um “vestíbulo”, existe um lugar reservado aos ignavos,
isto é, aos medrosos, covardes e tímidos, que nas palavras de John F. Kennedy "escolheram a neutralidade em tempos de crise”. A obra de Dante é só uma alegoria, mas traz um fundo moral inquietante aos cristãos modernos. Os bárbaros da atualidade querem aniquilar todos os
pilares da civilização judaico-cristã que foi duramente construído até agora. A
fúria desconstrutiva deles está voltada contra a família, a religião e a
propriedade. A neutralidade nesse cenário é colaborar com o inimigo.
Não podemos nos esconder em
nossas igrejas enquanto os agentes da inversão lutam diuturnamente para
inverter nossos valores e destruir a ordem social. A agenda deles, relativa aos
valores, inclui a legalização do aborto, ideologia de gênero, legalização da
maconha, relativização da pedofilia, dentre outras. Em relação a ordem social
temos hospitais jogados as traças, 60 mil homicídios por ano, 12 milhões de
desempregados, falência da educação e corrupção generalizada. Se permanecermos
dentro de quatro paredes discutindo teologia desprovida de um senso de dever
social poderemos está condenando toda a nossa comunidade ao caos. Seria como
tocar harpa enquanto Roma pega fogo. Conta-se que C.S. Lewis (autor de AS
CRÔNICAS DE NÁRNIA), durante a Segunda Guerra Mundial, quando professor de literatura
medieval e renascentista na Universidade Oxford, se direcionou aos seus colegas
em 1939, com a seguinte repreensão: “O que estamos fazendo aqui em estudar
filosofia e literatura medieval, enquanto a Europa está em guerra? Como podemos
continuar com nossos interesses e nossas plácidas ocupações quando as vidas e
as liberdades de nossos irmãos europeus estão em perigo? Não estamos também
tocando violino enquanto Roma se incendeia?”. Ficar inerme é uma escolha que
poderá voltar-se contra si mesmo, pois a Venezuela é um lembrete constante de
um povo que percebeu tarde demais as consequências de não fazer nada.
Os cristãos são pacifistas por
natureza e não gostam do embate político. Entretanto, devemos lembrar que
embora Jesus fosse pacifista e amoroso ele também tinha um forte compromisso
com a verdade e a justiça, por isso perdoava pecados e curava doentes ao mesmo
tempo que com um chicote expulsava cambistas inescrupulosos do templo e
repreendia os fariseus chamando-os de sepulcros caiados e raça de víboras. Lembre-se
do que David Horowitz, autor do livro "A Arte da Guerra Política”, disse: “Conservadores são decentes demais para a
política e é por isso que não gostam de política... A esquerda vive na luta,
eles vivem para lutar, para confrontar, para comprar briga e incomodar. E é por
isso que são tão bem sucedidos em acusar os outros, em apontar o dedo, em
constranger e silenciar os adversários, em enfraquecer o outro lado. Nós não
expomos suas hipocrisias, suas mentiras, não mostramos os erros das reportagens
que criam, preferimos acreditar que é tudo uma questão de diferença de opinião que
pode ser resolvida numa conversa. Precisamos de conservadores dispostos a ir
para a guerra, a responder fogo com fogo.”